13 de jul. de 2010

Cirurgia de Redução de Estomago.

Olá gente. Reformei hoje o blog todo pela manha e iria dormir um pouco para descansar para depois fazer o primeiro post já abordando o novo tema do site: Tamanho Não Importa.

Então decidi começar por algo que eu fiz a 6 anos atrás mais ou menos: Cirurgia de estomago.
Bom, eu não me lembro bem o ano em que eu fiz a cirurgia, se não me engano foi em 2004, um ano depois do meu avô falecer, no mes de junho/julho, férias escolares. Eu estava no segundo ano colegial, e sofria com o famoso bullying que milhares de pessoas sofrem, principalmente no colégio.
Eu pesava quase 140, 150 kilos, tinha amigos, mas era super ridicularizada no colégio pela maioria deles por ser obesa. Cheguei a fazer milares de dietas, usei da medicina ortomolecular (Depois falarei dela num post) e nada resolvia. Foi ai que minha mãe lembrou que um amigo, médico da família faz a Redução de Estomago, cirurgia que diminue o estomago da pessoa para ingerir menos alimento, menos gordura e assim emagracer. Começamos a pesquisar sobre tal e acabei concordando a fazer.

Quando faltou um dia antes do dia marcado da cirurgia, meu tio chegou a fazer um almoço especial para mim, despedida HAHAHHAHAUHAUAHAUA.

Bom, chegado o dia, fiz a cirurgia, e a principio deu tudo certo. Mas quando passou 2 dias e eu iria começar a experimentar
os liquidos e voltar a comer (No inicio começamos como um Bebê, tomamos liquido durante 15 dias, depois papa,
cremoso, por mais 15 e ai depois de 1 mes é que começamos a comer normal), eu comecei a vomitar um liquido marrom
e nada entrava em mim, nem água. Então os médicos fizeram os exames e descobriram que a alça do meu intestino
estava dobrada. Nisso eu tive que fazer uma nova cirurgia, para arrrumar isso. Passei 2 semanas, quase três, no hospital,
sem me alimentar, só a base de soro. Nisso eu cheguei a emagrecer muito. Meus amigos me estranharam bastante,
meu rosto começou a afinar... É, eu estava começando a me animar, me achando mais bonita.
Cheguei a emagrecer em torno de 40, 50 kilos com a cirurgia.

Essa foi minha experiencia.
Para explicar sobre a cirurgia, achei alguns artigos falando algumas coisas sobre a cirugia e seus tipo e eu vou postar aqui para vocês:

Quais são as opções disponíveis de cirurgia de redução de estômago (tecnicamente conhecida como cirurgia bariátrica) contra a obesidade?

Gastroplastia vertical com bandagem (VBG)

Grampos cirúrgicos são usados para dividir o estômago em duas partes. A parte de cima é menor, o que limita o espaço para alimentos. A comida sai da parte superior para a de baixo através de uma pequena abertura. Uma bandagem é colocada em volta dessa abertura de modo que ela não se alargue. Os riscos da gastroplastia vertical com bandagem incluem o desgaste da bandagem e avaria na linha de grampos. Em pequeno número de casos, sucos estomacais podem vazar para o abdome ou pode acontecer infecções ou morte decorrente das complicações.

Banda gástrica ajustável por laparoscopia (Lap-Band)

Uma banda gástrica inflável é colocada ao redor do estômago superior para criar uma bolsa menor e estreitar a passagem para o resto do estômago. Isso limita o consumo de comida e cria sensação precoce de saciedade. Quando a banda é colocada no local ela é inflada com salina. A banda é ajustável ao aumentar ou diminuir a quantidade de solução salina para mudar o tamanho da passagem.
A banda é para pessoas com obesidade severa -- aqueles com pelo menos 45 kg acima do peso ou com mais que o dobro do peso ideal -- que falharam em emagrecer usando outros métodos como dietas supervisionadas e exercícios físicos. A banda tem como objetivo ficar no lugar permanentemente, porém pode ser removida se necessário. Pessoas que têm a banda necessitarão de dieta e exercícios para manter a perda de peso. Complicações podem incluir náusea e vômito, queimação no estômago, dor abdominal e deslizamento da banda.

Derivação gástrica com Y de Roux (RGB)

O cirurgião faz a redução do estômago usando grampos cirúrgicos para criar uma bolsa estomacal menor. A bolsa estomacal é fixada ao intestino. O alimento desvia pela parte superior do intestino e estômago e vai para a parte do meio do intestino delgado através de uma pequena abertura. O desvio no estômago limita a quantidade de alimentos que a pessoa pode comer. Ao desviar de parte do intestino, a quantidade absorvida de calorias e nutrientes é diminuída. A pequena abertura diminui a taxa na qual a comida deixa a bolsa estomacal. Um risco para o paciente é quando o conteúdo do estômago vai muito rápido para o intestino. Sintomas podem incluir náusea, fraqueza, transpiração e diarréia depois de comer. Efeitos colaterais incluem infecção, vazamento, embolismo pulmonar, cálculo biliar e deficiência de nutrientes.

Derivação biliopancreatica (BPD)

Uma grande parte do estômago é removida. A quantidade de alimentos é restringida, assim como a produção de ácidos estomacais. A bolsa estomacal que permanece é conectada diretamente ao segmento final do intestino delgado, desviando completamente das outras partes.

Um canal comum permanece no qual os sucos digestivos pancreáticos e da bile misturam-se antes de entrarem no cólon. A perda de peso ocorre porque a maioria das calorias e nutrientes são direcionados ao cólon onde não são absorvidos. Uma variação da derivação biliopancreatica preserva uma grande porção do estômago intacta e parte do duoden.


Obesos e Cirurgia de Redução de Estômago
Redução de estômago pode ocasionar, anos mais tarde, problemas dentários e de alcoolismo

Alguns pacientes submetidos à cirurgia de redução do estômago apresentam, após cinco anos ou mais, um considerável novo ganho de peso. Além disso, outros distúrbios também estão sendo observados no mesmo período após a operação, entre eles o alcoolismo, anorexia, bulimia, bruxismo, aumento excessivo de cáries e dentes quebradiços.

As informações vêm sendo obtidas e interpretadas por um grupo de estudo multidisciplinar do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP. O objetivo do estudo, ainda em andamento, é demonstrar que só a cirurgia, que é feita no hospital há nove anos, não basta para o sucesso do tratamento utilizado para a diminuição drástica do peso.

Segundo a psicóloga Marlene Monteiro da Silva, de um grupo de pacientes operados pela técnica Fobi-Capella entre cinco e nove anos atrás, 13% voltou a um estado de obesidade mórbida, com um índice de massa corpórea (IMC) superior a 40. O IMC é obtido dividindo-se o peso da pessoa pela altura ao quadrado. No total, 64,15% voltou a ser obeso, com um IMC maior que 30.

Após a cirurgia, espera-se que o paciente emagreça a quantidade almejada e, depois, engorde dez quilos novamente. Porém, entre os 53 pacientes pesquisados, 58,5% ganhou mais que dez quilos, 39,6% mais de vinte quilos e 13,2% engordou mais de trinta quilos. Somente 7,84% dos pacientes mantiveram o peso ideal ou emagreceram demasiadamente (nos casos de bulimia e anorexia).

"Trata-se de resultados brutos e ainda não foram feitos estudos estatísticos. Os dados não foram correlacionados com as questões orgânicas e a integridade da cirurgia. Mas não deixa de ser um alerta a pacientes e médicos: a cirurgia não deve ser entendida como uma fórmula mágica", explica Marlene.

Compulsão
De acordo com o médico e coordenador do grupo, Bruno Zilberstein, o estudo pretende mostrar que a operação não é o fim do tratamento. "Esses pacientes podem substituir uma compulsão por outra. O segredo para o sucesso é o acompanhamento", explica.

Para Marlene, o caso do alcoolismo, observado em 18% dos mesmos 53 pacientes estudados, é um dos exemplos da troca de compulsão. As pessoas começam a aproveitar o benefício social do emagrecimento - diferentemente da condição anterior, na qual elas não saíam de casa - passando, assim, a beber excessivamente.

"A obesidade, porém, é um sintoma de problemas anteriores a isso. Existe, no obeso, a necessidade de se esconder de alguma coisa que vai ser descoberta somente após a cirurgia", conta a psicóloga, acrescentando que perto de 80% das pessoas apresentam um quadro de depressão tanto antes quanto depois da cirurgia.

"A pessoa passa a comer menos porque o estômago não admite maior volume de alimento, e não porque tenha deixado voluntariamente o hábito de comer em grandes quantidades", observa o médico Joel Faintuch. Os retrocessos na perda de peso, segundo ele, vêm também pelo fato de o estômago operado ainda ter a capacidade de se dilatar, "podendo ampliar seu volume em até quatro vezes".

Problemas bucais
Os dados a respeito de distúrbios odontológicos são inéditos e mostram que metade dos pacientes retornou ao médico com alguma queixa. Cerca de 80% estava com os dentes quebradiços e 60% apresentava um aumento no número de cáries. Esses problemas foram observados tanto em pacientes vindos do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto de planos de saúde particulares, o que mostra que a situação está pouco ligada à classe socioeconômica dos pacientes.

Segundo a dentista Vera Lúcia Kogler, os motivos exatos desses problemas ainda estão sendo estudados. "Porém, isto pode estar relacionado com um problema na absorção de nutrientes já observado; com refluxos gastro-esofágicos; com um ressecamento da boca, fruto da medicação administrada ou ainda com vômitos".

A cirurgia de redução de estômago é um dos principais temas do 32º Gastrão, evento que conta com a participação de cerca de mil médicos especialistas em cirurgia do aparelho digestivo. No evento, que começou nesta segunda (dia 4) e vai até sexta (8), no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, haverá conferências, mesas-redondas e transmissão de cirurgias ao vivo.
Com informações da Assessoria de Imprensa do HC.

Fonte: Rafael Veríssimo, Agência USP de Notícias, 07/07/2005.


Bom, e aqui chega ao fim nosso post, sobre a cirurgia de estomago. Indico a todos que pensarem em fazer esse tipo de cirurgia que só faça se for ultimo caso, que não der mais jeito, pois é só indicado em caso extremo de obesidade.Pensem, estudem, pesquisem sobre a cirurgia, procurem seu médico. Essa foi minha experiencia.

E Até a próxima postagem.

RhaAmorim

1 comentários:

Kharol disse...

rhai nao imaginei que vc ja tivesse passado por tudo isso, és realmente uma guerreira, mas como vc conseguiu encarar as pessoas apos a cirurgia?
Não foi muito chocante se ver magra de uma hora para outra?
xero no coração.

8 de dezembro de 2010 às 18:15

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